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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Compartilhando sons

Boa noite, pessoal!
Hoje, após as aulas da tarde, fui ao shopping pagar contas e passei na Saraiva e Americanas a fim de encontrar cds do Pink Floyd. Acabei esbarrando em cds com preços bastante acessíveis e resolvi fazer a feira. Comecei pelo cd do Pink Floyd (The Dark Side of the Moon. Nessa aquisição, tive mais de 50% de desconto. Isso me animou a procurar outros títulos na loja seguinte. rs Sobre o cd The Dark Side of the Moon (O lado sombrio da lua), dizem ser uma metáfora para ilustrar os conceitos de lado negativo da mente e da vida. Ao contrário do que se possa imaginar, o cd é só positividade. Muito bom recordar o som do Pink Floyd.

Chegando na loja seguinte, dei de cara com vários títulos da banda Legião Urbana. Não resisti à oferta e enchi as mãos. Passada a empolgação, lembrei da minha cota mensal de gastos com produtos culturais e comecei a devolver alguns cds. Além da cota, pesou o salário minguado de professor do estado e fiquei convencido de que não poderia levar mais que dois ou três cds. O preço era tentador, mas controlei a veia consumista e selecionei três com muito pesar (queria todos): Dois (1986); O Descobrimento do Brasil (1993) e A Tempestade (1986).







Não satisfeito com a pequena despesa em curso, incluí La Vie en Rose da saudosa Edith Piaf e o dvd Público de Adriana Calcanhoto. Aquele, além da riqueza musical, me ajudará nas aulas de francês que iniciarei na próxima semana e este traz a contida e refinada performance de Adriana Calcanho em show na cidade de São Paulo. Em Uns Versos, Adriana pronuncia o "R" com uma tal entonação que parece rasgar os poemas que acabou de escrever. É brilhante. Texto, música e teatro se encontram num show que revela muito da tímida audácia da cantora. Quando cheguei em casa, espalhei os cds, liguei o som e esqueci as parcelas penduradas. Estava feliz entre sons variados. Só isso importava.
Beijos!



domingo, 15 de agosto de 2010

Um passeio, um artista e sua obra

Olá, pessoal!
Estive ausente por um tempo porque entrei em recesso escolar na primeira metade do mês de julho. Aproveitei esse período para descansar, rever a família e viajar. Quando voltei, fui convidado a ministrar um curso numa universidade do interior de Pernambuco e fiz uma seleção para tutor de ensino a distância da Universidade Aberta do Brasil. Além disso, o projeto de doutorado que procuro esboçar e os temas a serem estudados para a seleção doutoral que acontece no fim do ano têm tomado um tempo enorme. Não deixei o espaço abandonado e, sempre que possível, tenho vasculhado e visitado os blogs que leio assiduamente e explorado outros que sigo, mas não garimpei.
Sobre a viagem a São Paulo, feita durante o recesso escolar, tenho muito a dizer. Não foram poucas as impressões que a cidade deixou e as fotos e lembranças trazidas de muitos lugares provam isso. Passear por São Paulo é caminhar por entre um universo envolto em arte, artistas consagrados e do cotidiano e cultura de modo geral. Fiquei impressionado - e registrei isso em fotos que guardo com disfarçado ciúme - diante da profusão de objetos artísticos que se distribuem pelas estações, ruas e edifícios.
Recordo, incontáveis vezes, lugares que imprimiram-se à memória de maneira indelével. Vale citar: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Estação da Luz, Museu da Língua Portuguesa, Museu do Ipiranga, Museu de Arte Sacra etc. Esses são verdadeiros nichos onde a arte se concentra. Mas temas sobre cinema, música, teatro, pintura, literatura, entre outros, são conteúdos de conversas de botequim.
Durante o passeio pela Pinacoteca, fiquei envolvido num misto de deslumbramento e dor diante de uma das obras do artista plástico José Ferraz de Almeida Júnior e, mesmo após o passeio, fui visitado pela lembrança daquela obra. Almeida Júnior nasceu em Itu, interior de São Paulo, e seus trabalhos mais importantes datam da segunda metado do século XIX. Caso queira saber um pouco mais sobre a vida do pintor, visite: http://pt.wikipedia.org/wiki

/Almeida_J%C3%BAnior
A obra de Almeida Júnior que me chamou particular atenção foi Saudade de 1899. Fiquei impressionado ao olhar o estado desta mulher, encostada à janela, solitária, rosto crispado de tristeza e imersa na leitura de uma carta que a castiga. É quase uma fotografia. Esse efeito é dado pelo tom realista da obra.

Almeida Júnior morreu aos 49 anos. Segundo seus biógrafos, foi assassinado por seu primo.
Desde essa visita, tenho procurado conhecer a obra de Almeida Júnior e saber mais sobre sua vida. Ainda olho para a mulher recostada à janela e novas leituras se revelam. Aos queridos leitores, um pouco mais do artista: