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domingo, 9 de outubro de 2011

Mimo 2011

A Mimo 2011 - Mostra Internacional de Música de Olinda - que aconteceu no centro histórico de Olinda abrigou uma programação diversificada. O festival contou com grandes nomes da música nacional e internacional como Delia Fischer, Parahyba Art Ensemble, Trio 3-63, Ballaké Sissoko e Vincent Segal, Arrigo Barnabé, Azymuth, Arthur Verocai, Gotan Project e Philip Glass. Isso só para citar alguns nomes. No primeiro dia do festival, estive presente no Seminário de Olinda para ouvir a delicadeza da flauta de Andrea Ernest Dias, a suavidade do piano tocado por Paulo Braga e a alegria do pandeiro de Marcos Suzano. Em seguida, fui às pressas à Igreja da Sé para ver o concerto da dupla Ballaké Sissoko e Vicent Segal. O africano Ballaké Sissoko encantou a plateia que, ao som da kora, pode fazer a experiência da transcendência. É um instrumento diferente que lembra um berimbau de dimensões expressivas. Vicent Segal acompanhou magistralmente o africano e manteve um diálogo terno com o público. Juntos, produziram uma espécie de som etéreo e inconfundivelmente africano. O dia seguinte contou com a apresentação do Azymuth e Arthur Verocai. Dono de uma longa trajetória, o Azymuth apresentou sucessos que deram uma panorâmica do percurso que conta com quase 40 anos de produção musical. A banda já trabalhou com Sarah Vaughan, Stevie Wonder, Chick Corea, entre outros. Na Igreja da Sé, a partir das 20h30, Arthur Verocai esbanjou simpatia e competência ao reger a Orquestra Sinfônica Jovem do Recife e o Projeto Coisa Fina (SP). A apresentação ainda teve participação especial de Clarisse Grova e Carlos Dafé. O sábado foi o dia mais movimentado, e a disputa para pegar ingresso para a apresentação do Philip Glass foi intensa. Todos queriam ver o músico que traz em seu currículo a criação de óperas, sinfonias, concertos para diversos instrumentos, temas para o teatro, a dança e consagradas trilhas sonoras para o cinema. Philip Glass foi acompanhado pelo violino do californiano Tin Fain. A trilha sonora do filme As Horas é da autoria de Glass. A Mimo 2011 despediu-se do público recifense deixando as marcas indeléveis de uma saudade que tem a música como começo, meio e fim. Desde já, aguardando a programação do próximo ano.