Se não falas, vou encher o meu coração com o teu silêncio e agüentá-lo. Ficarei quieto, esperando, como a noite em sua vigília estrelada com a cabeça pacientemente inclinada. A manhã certamente virá; a escuridão se dissipará, e a tua voz se derramará em torrentes douradas por todo o céu. Então as tuas palavras voarão em canções de cada ninho dos meus pássaros, e as tuas melodias brotarão em flores por todos os recantos da minha floresta. (Rabindranath Tagore)
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terça-feira, 12 de abril de 2011
MANUEL BANDEIRA E A POESIA ERÓTICA
Dando continuidade a publicação de poemas eróticos, publico um de Manuel Bandeira que foi presente dado pelo poeta a Zuenir Ventura. Manuel Bandeira costumava reunir-se com um grupo de alunos em sua casa e, em uma dessas reuniões, entregou o poema abaixo a Zuenir Ventura, então seu aluno. Sexo e linguagem: uma combinação de rara beleza.
A cópula
Manuel Bandeira
Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e tungescente.
Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente
Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra
E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.
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2 comentários:
Sem pudores, o homenageado de hoje me "excitou".
Parabéns!
Grata por compartilhar. Tenha uma continuação de uma linda semana. Cumprimentos da amiga LuGoyaZ.
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