Se não falas, vou encher o meu coração com o teu silêncio e agüentá-lo. Ficarei quieto, esperando, como a noite em sua vigília estrelada com a cabeça pacientemente inclinada. A manhã certamente virá; a escuridão se dissipará, e a tua voz se derramará em torrentes douradas por todo o céu. Então as tuas palavras voarão em canções de cada ninho dos meus pássaros, e as tuas melodias brotarão em flores por todos os recantos da minha floresta. (Rabindranath Tagore)
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terça-feira, 24 de maio de 2011
Gotas poéticas desnudam Sampa
Trago gotas poéticas enviadas pelo amigo Carlos Tenreiro. Nessas pílulas, o poeta descerra a cortina do cotidiano da cidade de São Paulo. Tenreiro é um poeta que admiro porque representa em versos cenas do cotidiano que trazem para perto de mim uma cidade com tantas facetas e, por isso, apaixonante.
"Rumores do trâfego engolindo a multidão.
Sob a tarde que cai nas tremidas estações, seres aglutinados,
alheios ao outro e em mútua gestação."
"Úmida manhã de outono:
finas partículas de água recortam os caminhos,
carregando em seus ventres aquosos e invisíveis oceanos de sol."
"Aguda manhã em que um feixe de flauta alicia as nuvens graves.
Dueto no além-céu e um tilintar de chuva a clamar pelos humanos."
"No manto das mesas de reunião, os sonhos latem,
a vida grita de outra dimensão."
Força sempre.
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