Se não falas, vou encher o meu coração com o teu silêncio e agüentá-lo. Ficarei quieto, esperando, como a noite em sua vigília estrelada com a cabeça pacientemente inclinada. A manhã certamente virá; a escuridão se dissipará, e a tua voz se derramará em torrentes douradas por todo o céu. Então as tuas palavras voarão em canções de cada ninho dos meus pássaros, e as tuas melodias brotarão em flores por todos os recantos da minha floresta. (Rabindranath Tagore)
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sábado, 25 de junho de 2011
Fome
Per Oscarsson, autor sueco, fez por merecer o prêmio de melhor ator na edição do Festival de Cannes em 1966. Interpretando o escritor Pontus no filme Fome de Henning Carlsen, Oscarsson dá um show de atuação nas cenas que o mostram em estado de delírio e alucinação devido a fome que assola a pequena e gélida cidade de Christiânia. Essa co-produção (Dinamarca-Noruega-Suécia)que conta com a direção fotográfica de Henning Kristiansen e roteiro adaptado de uma das obras-primas da literatura mundial do século XIX - o romance Fome de Knut Hamsun - coloca em cena uma das consequências do pós-guerra: o desemprego. Pontus é afetado por essa realidade que o faz perambular pelas ruas da pequena cidade, comer papel, roer osso, criar situações imaginárias, penhorar bens. Vale destacar o papel do tempo e da literatura que funcionam a um tempo como fator de desagregação e unificação da personagem. Força sempre!
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