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domingo, 29 de novembro de 2009



Quem nunca se equivocou?
Quem nunca cometeu um erro por causa de um equívoco?
Quem nunca tentou reparar um erro após ter concluído que tudo se tratava de apenas um equívoco?
Baseado na obra de Ian McEwan e dirigido por Joe Wright, Desejo e Reparação conta com atuações brilhantes de Vanessa Redgrave, Keira Knighttley, Saoirse Ronan e James McAvoy. O filme ainda traz a belíssima fotografia de Seamus McGarvey e música de Dario Marianelli. Tudo perfeitamente combinado numa obra que emociona e encanta.
Isso justifica minhas frequentes voltas à tela para assistir ao filme novamente.

sábado, 28 de novembro de 2009

Entre os Muros da Prisão



O filme é basedo no livro do francês Yves Tréguier e suas cenas são acompanhadas pela música de Charles Court. Na França do pós-guerra, os órfãos dos combatentes franceses eram enviados para Centros de Educação Vigiada. Nesses centros, que funcionam mais como prisões, as crianças sofrem todo tipo de abuso e têm que sobreviver a cada dia.

O Menino do Pijama Listrado



Esse filme é emocionante! A descoberta dos horrores espalhados pelo Nazismo por uma criança alemã de 9 anos. Ao contar a história de Bruno, o pequeno alemão que ignora aquela realidade feita de morte e abandono, o filme nos faz ver o regime nazista pela perspectiva daqueles que desconheciam completamente o que de fato acontecia nos campos de concentração. Isso foi reforçado pela propaganda do governo alemão que omitia os fatos e apresentava uma realidade maqueada. A descoberta de Bruno foi, certamente, a descoberta de muitos outros alemães acerca da realidade dos campos. O filme é baseado na obra de John Boyne, romancista irlandês.

domingo, 5 de abril de 2009

Comunicação?!


"Hoje temos acesso fácil à comunicação, entretanto, o que se diz é de qualidade duvidosa." Foi isso que li num profile de orkut ontem à noite. Não nego que a frase me fez pensar sobre a qualidade do que temos comunicado e de como isso tem afetado nossas relações de um modo geral.

Certamente que os meios de comunicação têm se multiplicado de forma assustadora. Todos os dias surgem novas formas de conectar-se com outras pessoas. Estamos sob uma avalanche constante de tecnologias que favorecem o contato humano, seja físico ou virtual. Não importa a natureza do encontro. O que importa é que temos estreitado caminhos ou, talvez, os caminhos continuem os mesmos, as distâncias não se alteraram, mas criamos meios magníficos que nos fazem percorrer numa velocidade impressionante esses caminhos e travarmos conversas simultâneas mesmo que não estejamos fisicamente presentes. Isso não tem nada de ruim. De minha parte, afirmo que facilitou bastante a vida.

Por outro lado, concordo com o autor da frase que abriu esse texto e penso que, embora disponhamos de meios fabulosos que facilitam o encontro entre pessoas, a comunicação nem sempre acontece como se gostaria porque destituída de interesse, envolvimento, atenção, afeição e outros fatores que colaboram com o êxito de todo e qualquer processo comunicativo que se queira humano. Se por um lado, multiplicaram-se os meios de comunicação, por outro, esvaziaram-se as estantes, os museus, os cinemas, os teatros e todos aqueles ambientes e produtos da cultura em geral que possibilitam o exercício da reflexão, da sensibilidade e dos sentimentos de civilidade. Vejo que não basta ter os meios, faz-se necessário cuidarmos daquilo que, nesse processo humanizatório, contribui para um nível de comunicação que não se restringe às palavras ditas ou omitidas, mas que assume dimensões mais amplas como a polidez, a fineza no trato e o conhecimento refinado. Sem isso, a comunicação não passa de grunhidos primitivos dos quais nada se entende e os meios uma parafernália indesejada porque cria as condições para um encontro que já se espera desqualificado.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O curioso caso de Benjamin Button


Essa obra-prima do cinema americano merece levar, senão todos, aos menos boa parte dos oscars a que está concorrendo. O filme dirigido por David Fincher traz uma fotografia primorosa, um texto de deixar sem palavras e um roteiro capaz de suscitar questões sobre aspectos da vida que não deixa a desejar a nenhum texto filosófico ou sagrado que se ocupa da condição humana e sua irreversível caminhada rumo ao desconhecido. No elenco temos Brad Pitt, Cate Blanchet, Julia Ormond, Tilda Swinton e Elias Koteas. Cate Blanchett dá um show de interpretação. Vale a pena assistir!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A TROCA


O filme A troca (Changeling) é a mais recente produção do diretor Clint Eastwood. O brilhantismo de Eastwood assina esse drama que traz no elenco Angelina Jolie que interpreta Christine Collin e Jonh Malkovich que dá alma ao personagem Briegleb, pastor da Igreja Presbiteriana que denuncia as arbitrariedades da polícia e ajuda Christine na difícil tarefa de fazer justiça numa época em que o abuso de poder das autoridades locais é tido como norma. O que mais me chamou atenção nesse filme foi o efeito do discurso na produção da realidade. É interessante como vários discursos são mobilizados no sentido de constuir uma realidade que se quer impor e um modo de ver os fatos que atenda aos interesses de determinados grupos. No mais, vale a pena conferir como Eastwood dirige com a maestria de sempre esse drama que ganha, com o talento de Jolie e Malkovich, em beleza e interpretações perfeitas.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA


Vou começar essa nova fase do blog comentando o filme O escafandro e a borboleta. Dirigido por Julian Schnabel, o filme conta a história de Jean-Dominique Bauby, editor bem-sucedido da revista Elle, que sofreu um derrame aos 43 anos de idade. A obra recebeu quatro indicações ao Oscar, ganhou dois globos de ouro (melhor filme estrangeiro e diretor) e venceu o Festival de Cannes (melhor diretor).
A história da tragédia que se abateu sobre a vida do editor francês Jean-Dominique é contada de tal maneira que o espectador, à medida que acompanha o desenrolar das cenas, é levado a refletir sobre sua própria vida e o modo como tem vivenciado seus dias. O jogo que o diretor faz entre passado e presente, dão a dimensão desses dois momentos da vida do Dominique: um passado cheio de possibilidades e um presente reduzido aos limites de um corpo inerte. Contemplado com um passado vigoroso, Dominique é surpreendido no meio do caminho por uma doença que reduz os movimentos de seu corpo ao piscar de um único olho através do qual busca comunicar-se. Inevitável, durante o filme e depois dele, não pensar nessas peças que a vida nos prega e que nos deixam impossibilitados de reparar erros, reconstruir nossa história, reencontrar amigos, amar indistintamente. Mas o filme não nos faz refletir apenas sobre aquilo que poderíamos ter feito e, por algum motivo, não podemos mais. Ele traz uma mensagem de superação desses limites impostos pela vida. Dominique morre dez dias após a publicação do seu livro que foi “escrito” por meio de piscadelas que eram associadas à letras. É preciso entendermos que somos o nosso corpo e algo mais que ele. E isso a vida de Jean-Dominique nos ensina. O filme é altamente espirituoso e vale a pena assisti-lo.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Anunciando mudanças


Estive pensando esses dias em mudar a cara do blog. Torná-lo mais leve sem deixar de trazer um conteúdo relevante. Quem sabe postar comentários sobre filmes, livros, poesias, músicas, cidades etc? Penso que isso daria uma injeção nova, uma vez que as crônicas viriam intercaladas por comentários e dicas desses materiais da cultura em geral. Alguns podem achar que o blog continuará chato e formal por tratar de temas ligados à cultura. Eu penso que esses temas podem ser tratados com leveza e sem delongas para não cansar o leitor. Na verdade, a idéia é sugerir materiais da cultura em geral sem ficar preso a comentários elaborados. Já fiz isso algumas vezes no blog quando comentei filmes e postei textos da Clarice, mas queria tornar uma constante. Os amigos me pedem indicações de filmes, livros etc e acho legal poder trabalhar com a idéia de compartilhar isso com um número potencial de pessoas. Vamos ver no que vai dar! Ler para conhecer. Ler para transformar.