Se não falas, vou encher o meu coração com o teu silêncio e agüentá-lo. Ficarei quieto, esperando, como a noite em sua vigília estrelada com a cabeça pacientemente inclinada. A manhã certamente virá; a escuridão se dissipará, e a tua voz se derramará em torrentes douradas por todo o céu. Então as tuas palavras voarão em canções de cada ninho dos meus pássaros, e as tuas melodias brotarão em flores por todos os recantos da minha floresta. (Rabindranath Tagore)
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sábado, 20 de fevereiro de 2010
Recife, aqui estou...
Estou há 15 dias em Recife de mala e cuia. A bem da verdade, não é de agora que nutro um carinho especial por essa cidade, capital do estado que, não obstante as desigualdades, aprendi a amar. Assim, sinto-me em casa e o sentimento de pertença me deixa à vontade nesta terra de Clarice, Bandeira,Dom Hélder, Science e outros.A solidão que essa cidade inspira é do tamanho do espaço geográfico que ocupa.Desse modo, Recife é um convite à poesia. Atravessada por pontes, rios e mangues, a cidade vai desfilando graça e beleza. Mas o Recife não é feito apenas de praças, parques e praias que saltam aos olhos. Tudo isso contrasta com uma realidade cuja tônica é dada pela violência e a miséria de tantos que perambulam pelas ruas centenárias desta cidade. Para minimizar o peso dos contrastes, sugiro uma volta no finalzinho da tarde pela praia de Boa Viagem. Ali tudo parece nivelado, como o horizonte.
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