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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Seria uma sombria noite secreta



O recente livro de Raimundo Carrero, Seria uma sombria noite secreta, foi autografado ontem pelo autor na noite de lançamento do romance na Livraria Jaqueira. Mais conhecido pelo romance Sombra Severa, Raimundo Carrero foi premiado em 2000 com o Prêmio Jabuti e em 1995 com o de Melhor Romancista do Ano, entre outros. Schneider Carpeggianii refere-se à obra do escritor pernambucano nos seguintes termos:

Apesar de suas tramas serem pródigas em tragédias, o escritor parece olhar para suas crias com um olhar tão caridoso, tão afetuoso, que elas só poderiam acabar subindo aos céus. É o caso do protagonista de Seria uma sombria noite secreta: um camelô que usa smoking, vende sorvete, toca corneta e vive dos restos de comida encontrados no lixo.
Esse homem- largado nos limites das marginalidades social e afetiva - é marionete para Carrero exercitar sua obsessão com as estruturas do romance.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Festival Mendelssohn/Liszt


A partir de hoje, os recifenses poderão apreciar música erudita no festival que homenageia dois grandes nomes da música clássica: o alemão Mendelssohn e o húngaro Franz Liszt. A escolha pelos compositores, deve-se ao fato de que ambos comemoram o seu bicentenário. Tomando como modelo e móbil o sucesso do Festival Schumann/Chopin, os idealizadores do evento organizaram uma programação que traz musicistas pernambucanos e de outros lugares do país.
Essa reincidência de festivais de música erudita no Brasil (vale lembrar o Festival Virtuosi que aconteceu recentemente em Gravatá e encontra-se em curso na cidade de Garanhuns durante a 21ª edição do festival de inverno) aponta para a preocupação do poder público e dos grupos de incentivo à cultura em tornarem acessível uma modalidade musical que, até pouco tempo, era entendida como produto restrito a uma elite e de difícil compreensão. O público que tem comparecido aos teatros, a fim de fazer a experiência estética dessa modalidade sonora, mostra que a música clássica é acessível a todos os grupos sociais, faixa etária e pessoas detentoras de diferentes níveis de escolaridade. Em Pernambuco, tem sido comum a realização de festivais, apresentações, projetos, que objetivam tornar a música erudita mais próxima das pessoas. A acessibilidade a esse tipo de música é garantida pela entrada franca aos eventos. Em todos os eventos, as casas que abrigam os grupos musicais têm ficado lotadas.
O Festival Mendelssohn/Liszt começou hoje (21.07) e segue até o dia 31.08. O evento acontecerá em vários locais da cidade: Teatro da UFPE, Teatro Santa Isabel, Parque Dona Lindu e Igreja da Capunga. O festival é organizado pela Revista Continente e a entrada é gratuita. Vale a pena conferir!

A programação pode ser acessada no endereço: http://www.revistacontinente.com.br/programas_festival_liszt.pdf

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vale a pena mesmo ver. Ou ver de novo! (2)


Hoje indico a vocês s segunda leva de filmes para se ver ou rever. Todos foram garimpados em liquidações e passeios por alguns sebos. E a preços mais que módicos!E para mim são mesmo imperdíveis!

Seguem abaixo os trailers dos indicados para você entrar no clima.

Caso alguns de vocês se inspiraram ou embarcaram na aventurazinha, proposta por aqui, ainda há tempo para enviar as suas descobertas, indicações ou mesmo comentários sobre os filmes que curtiu nessas férias.

Bons filmes!

Antonio Gil Neto


Vale a pena mesmo ver. Ou ver de novo! (2)

Arte, cultura, música: Festival de Inverno de Garanhuns


O Festival de Inverno de Garanhuns contou com uma excelente programação no primeiro fim-de-semana. Dedicado a Lula Côrtes, a abertura do FIG fez o público reviver antigos sucessos do homenageado e recordar um show com músicas produzidas na década de 70: Vivo de Alceu Valença. A abertura cheia de fôlego adentrou a madrugada e deixou para trás as aberturas de anos anteriores que se estendiam apenas até a meia-noite. Leia comentário sobre o disco Vivo de Alceu no blog: http://vitrolagozada.blogspot.com/2007/10/alceu-valena-vivo-1976.html
A segunda noite do FIG chegou recheada de pop rock e colocou no palco bandas como Pato Fu, Nando Reis e Os Infernais e Frejat. Desconheço o repertório do Pato Fu, mas aprecio a voz de Fernanda Takai. Durante a apresentação, a banda arrancou gritos e mãos que não paravam de acenar; além disso, a vocalista deu um show a parte de delicadeza e simpatia. Em seguida, Nando Reis e Os Infernais levaram a praça ao delírio cantando sucessos que eram acompanhados com euforia. Quando o show terminou, cheguei imediatamente a conclusão de que foi um show ímpar, sem precedentes e insuperável pelos que vieram depois dele. Frejat optou por um estilo mais formal e grativou por sucessos que passaram por Barão Vermelho, Cazuza e Frejat (solo).
Na terceira noite, tivemos Gal Costa e Bebel Gilberto. Enquanto Gal Costa optou por músicas mais conhecidas da sua carreira, Bebel Gilberto (talvez por não ser tão popular quanto Gal) quase não foi acompanhada pelo público que insistiu em permanecer na praça apesar da chuva constante.
Na volta para casa, reencontro um amigo que não via há anos (nem lembro quanto tempo faz)e que hoje está morando em Paris. Andamos pelas ruas molhadas da cidade, entre neblina espessa e frio de 10º e conversamos sobre nossas vidas, cinema e a Cidade Luz. É isso.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A modernidade por Arnaldo Jabor


Achei fantástico este texto do Arnaldo Jabor publicado no Jornal do Comércio no dia 12 de julho. No texto, Jabor critica a produção cultural recente que circula no ciberespaço e a compara com a produção de décadas atrás. O texto verte nostalgia, mas sacoleja os cérebros e cutuca os produtores de cultura deste país.

Ando com fome de "universais". A frase é ridícula, mas ando mesmo. Não estou aguentando mais a celebração dos fragmentos, das irrelevâncias como portas da percepção para novas visões de mundo. Quero "sínteses", sim, caminhos mais claros a seguir sobre o Brasil como nos bons e velhos tempos. Ouço neste momento jovens filhos da web, os hackers da arte rindo de mim. Danem-se, tuiteiros... Por isso, lembro a frase de Drummond: "Cansei de ser moderno, quero ser eterno...". ("frase manjada", dirão meus inimigos...); tudo bem, mas eu quero o manjado, o óbvio, eu quero a volta do tempo em que alguma "síntese", mesmo ilusória, nos era oferecida. No cinema então, não aguento mais ver a gostosa adesão de tantos filmes brasileiros a fórmulas cada vez mais escrotas do cinema americano atual, feito de 3D, porrada, vampiros, comediazinhas românticas de bosta, tudo sempre com orquestras tocando plágios de Stravinski e outros (quem diria, hein? Beethoven só serve hoje para musicar os Transformers).

Falo isso porque, ontem, eu revi uma obra-prima: Written in the Wind (Palavras ao Vento) do Douglas Sirk, um filme de 1955 com Rock Hudson, Lauren Bacall e Dorothy Malone. Genial. E aí, dá para ver como os filmes "comerciais" antigos eram muito melhores que essas bostas de hoje, pelas quais o público pós-utópico baba... Palavras ao Vento foi feito com o exclusivo desejo de faturar uma grana, como Cantando na Chuva ou Sunset Boulevard e tantas obras geniais.

Hoje é essa merda que está contaminando o cinema brasileiro e dividindo-o em blockbusters filhos da última safra americana e em filmes que jamais serão vistos, com cineastas se enganando em pequenos festivais, na ilusão digital de que serão vistos para sempre na web - a nova forma de viver numa sociedade sem carne nem osso. Na maioria dos filmes americanos de hoje, os produtores nem se preocupam mais com o babaca do diretor e não deixam sobrar nem um leve resquício de arte invadir seus diagramas para faturar. O negócio é que minha geração sonhava com respostas para o mundo e não pode se contentar com mixarias, pequenos tweets, piadinhas inúteis e filminhos sem talento, só porque estão na rede e são os arautos de um novo tempo de irrelevâncias. [...]
Texto completo disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110712/not_imp743625,0.php

terça-feira, 12 de julho de 2011

Infâmia



Infâmia (1961), de William Wyler, é uma obra ímpar na história do cinema norte-americano. Baseado na peça teatral de Lillian Hellman, Infâmia conta a história de duas professoras (Shirley McLaine e Audrey Hepburn) que mantém uma escola feminina em regime interno. Acusadas por uma das alunas de manterem um relacionamento homossexual, as professoras perderão a paz e a escola que fechará por falta de alunos. O filme ainda conta com excelentes atuações do ator James Garner.