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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Túnel do tempo: Kid Abelha e Biquini Cavadão


Escrever sobre Kid Abelha e Biquini Cavadão é fazer um caminho de volta ao passado. E volto precisamente a um momento da minha vida em que fui especialmente feliz. Justamente àquele momento em que tudo é mais intenso. Esse momento tem nome e chama-se adolescência. Foi precisamente desse ponto na linha do tempo que fiz contato com um som que me punha a pensar e vivenciar emoções: o pop rock brasileiro. Na segunda semana de setembro (06), pude abrir um espaço na linha do tempo para reviver momentos nunca esquecidos. Estive no show de Kid Abelha e Biquini Cavadão no Chevrollet Hall em Recife e experimentei as mesmas sensações da época em que os ouvi pela primeira vez. Parecia uma espécie de retorno via hipnose à vida inconsciente.
Kid Abelha começa a escrever sua trajetória em 1982 com o disco Distração e em 1985 apresentou-se no primeiro Rock in Rio. Eu diria que já começou decolando e assumindo topos. Mais tarde, consolidou-se no cenário do pop rock nacional com sucessos como Alice, Grand´Hotel e Eu Tive um Sonho. Muitas dessas canções serviram de trilha sonora para histórias de amor vividas por um adolescente que mal sabia amar, apenas sentir.
Minha experiência com a banda que apareceu no cenário musical dos anos 80, Biquini Cavadão, foi menos intensa que aquela que tive com Kid Abelha. Mesmo assim, recordei sucessos que arrancaram faíscas das guitarras mal comportadas e letras subversivas que punham em evidência o descontentamento e conflitos de uma geração. Só para relembrar, cito alguns desses hits que verteram alegrias, lágrimas e protestos: Zé Ninguém, Chove Chuva e Carta aos Missionários. Sem dúvida, um grande show que funcionou como uma máquina do tempo e me fez reviver momentos quase sagrados porque vividos com paixão. Força sempre.