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quarta-feira, 26 de junho de 2013

VIVÊNCIA DE UM DRAMA (PARTE I)

A VIVÊNCIA DE UM DRAMA (PARTE I)
Em dezembro de 2012, dei entrada na Secretaria de Educação do Estado de PE no processo de progressão funcional, pois em nosso estado a apresentação de títulos para gratificação só pode acontecer após o estágio probatório que dura três anos. Aguardei pacientemente esses três anos e dei entrada um mês antes de concluir o probatório. O documento foi devolvido sob alegação de não ter concluído o referido estágio e avaliações individual e da gestão em aberto. Entendi e logo passei a providenciar a documentação. As avaliações foram feitas e, quando da segunda entrada, já havia concluído o probatório. Pronto! Agora era só esperar pelo pagamento da mixaria que se paga em nosso estado por um título de mestre. Após dois meses sem resposta e sem dinheiro a mais no contracheque, entrei em contato com a UVAP da Secretaria que deu a entender que a documentação havia sido perdida na GRE-Sul e sugeriu que desse entrada num novo processo. Lá vou eu novamente pegar dois ônibus e passar 1h30 para chegar ao destino a fim de fazer o que já havia feito com paciência e esperança. No mês passado, recebi novamente a documentação com as mesmas solicitações anteriores (avaliações do probatório). Quase levanto da cadeira infartado. Respirei fundo e deixei o infarto para depois, pois preciso pagar aluguel, alimentação, cartões, luz, lazer e agora psicólogo, psiquiatra..ufa!, enfim, qualquer mixaria a mais no salário minguado faz muita diferença. Recolhi novamente toda a documentação e hoje voltei à Secretaria de Educação. Chegando lá, a atendente disse que a documentação deveria ser deixada na GRE-Sul. Eu? Indignado, repliquei:
- Mas ontem liguei e disseram que EU deveria deixar aqui.
- O documento está preso na GRE e você deve proceder bla bla bla...
Lá vou eu. Sentia-me traído, enganado, humilhado, mendigando um direito pelo tempo de ESTUDO para contribuir melhor com a EDUCAÇÃO do meu PAÍS.
Pego novo ônibus e desço na GRE-Sul. Na entrada, o policial adverte:
-Hoje o expediente é interno.
Quase supliquei, pois não iria tomar muito tempo dos deuses da educação. Queria apenas entregar um documento e ser respeitado, valorizado. Só isso.
Chego ao protocolo e sou grosseiramente atendido (mas isso vai ficar para a parte II dessa saga):
- Não estamos recebendo documentos hoje porque o expediente é interno.
Expliquei-me.
- Não é você que deve apresentar os documentos, mas a escola.
Esgotado, nervos latejando, esperanças suprimidas, visão turva, quase um cão sem eira nem beira, tentei refazer toda a trajetória, convencê-la que o erro não partiu de mim que estudei, queimei pestanas, esgotei os neurônios para ocupar o lugar profissional que ocupo, mas da GRE que perdeu a documentação. Não houve acordo.
Saí com muitos @$#&* na cabeça e alguns nos lábios. Era meu momento de protesto e extravasamento. Além disso, saí com uma meta firme: sair da esfera estadual. Agora também penso nas medidas legais a serem tomadas para reaver o que perdi até o momento, melhor, o que me foi roubado até o momento. E fica a certeza de que PROFESSOR NÃO É RESPEITADO E VALORIZADO NO ESTADO DE PERNAMBUCO. É isso.