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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O curioso caso de Benjamin Button


Essa obra-prima do cinema americano merece levar, senão todos, aos menos boa parte dos oscars a que está concorrendo. O filme dirigido por David Fincher traz uma fotografia primorosa, um texto de deixar sem palavras e um roteiro capaz de suscitar questões sobre aspectos da vida que não deixa a desejar a nenhum texto filosófico ou sagrado que se ocupa da condição humana e sua irreversível caminhada rumo ao desconhecido. No elenco temos Brad Pitt, Cate Blanchet, Julia Ormond, Tilda Swinton e Elias Koteas. Cate Blanchett dá um show de interpretação. Vale a pena assistir!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A TROCA


O filme A troca (Changeling) é a mais recente produção do diretor Clint Eastwood. O brilhantismo de Eastwood assina esse drama que traz no elenco Angelina Jolie que interpreta Christine Collin e Jonh Malkovich que dá alma ao personagem Briegleb, pastor da Igreja Presbiteriana que denuncia as arbitrariedades da polícia e ajuda Christine na difícil tarefa de fazer justiça numa época em que o abuso de poder das autoridades locais é tido como norma. O que mais me chamou atenção nesse filme foi o efeito do discurso na produção da realidade. É interessante como vários discursos são mobilizados no sentido de constuir uma realidade que se quer impor e um modo de ver os fatos que atenda aos interesses de determinados grupos. No mais, vale a pena conferir como Eastwood dirige com a maestria de sempre esse drama que ganha, com o talento de Jolie e Malkovich, em beleza e interpretações perfeitas.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA


Vou começar essa nova fase do blog comentando o filme O escafandro e a borboleta. Dirigido por Julian Schnabel, o filme conta a história de Jean-Dominique Bauby, editor bem-sucedido da revista Elle, que sofreu um derrame aos 43 anos de idade. A obra recebeu quatro indicações ao Oscar, ganhou dois globos de ouro (melhor filme estrangeiro e diretor) e venceu o Festival de Cannes (melhor diretor).
A história da tragédia que se abateu sobre a vida do editor francês Jean-Dominique é contada de tal maneira que o espectador, à medida que acompanha o desenrolar das cenas, é levado a refletir sobre sua própria vida e o modo como tem vivenciado seus dias. O jogo que o diretor faz entre passado e presente, dão a dimensão desses dois momentos da vida do Dominique: um passado cheio de possibilidades e um presente reduzido aos limites de um corpo inerte. Contemplado com um passado vigoroso, Dominique é surpreendido no meio do caminho por uma doença que reduz os movimentos de seu corpo ao piscar de um único olho através do qual busca comunicar-se. Inevitável, durante o filme e depois dele, não pensar nessas peças que a vida nos prega e que nos deixam impossibilitados de reparar erros, reconstruir nossa história, reencontrar amigos, amar indistintamente. Mas o filme não nos faz refletir apenas sobre aquilo que poderíamos ter feito e, por algum motivo, não podemos mais. Ele traz uma mensagem de superação desses limites impostos pela vida. Dominique morre dez dias após a publicação do seu livro que foi “escrito” por meio de piscadelas que eram associadas à letras. É preciso entendermos que somos o nosso corpo e algo mais que ele. E isso a vida de Jean-Dominique nos ensina. O filme é altamente espirituoso e vale a pena assisti-lo.