
Há livros, frases, textos que compõem o acervo da nossa história de leituras e que se atualizam sempre que revisitados. São palavras com as quais temos uma relação especial, seja por que mudaram o rumo das nossas vidas, seja por que participaram de momentos singulares e dos quais conservamos uma memória afetiva. Essas palavras nos construíram e nos impulsionaram a construir a história que partilhamos com os outros, nossos irmãos. Entre tantas palavras que atravessaram meus dias de jovem leitor, encontram-se estas do escritor Morris West:
"Custa tanto ser um homem completo, que existem muito poucos que tenham a sabedoria e a coragem para pagar o preço... Para o conseguir, é preciso abandonar, completamente, a procura de segurança e arriscar-se à vida com ambos os braços. Para o conseguir, é preciso abraçar o mundo como um amante e não esperar um regresso fácil do amor. Para o conseguir, é preciso aceitar a dor como condição da existência. Para o conseguir, tem de se cortejar a dúvida e a escuridão, como preço da sabedoria. Para o conseguir, é preciso ter-se uma vontade férrea ante o conflito, mas sempre apta a aceitar totalmente quaisquer conseqüências da vida ou da morte." (In: As Sandálias do Pescador)
Palavras, palavras e mais palavras... Desejo a você, leitor, um domingo acompanhado por muitas delas.
4 comentários:
As palavras, estas companheiras que vão nos ajudando a caminhar pela vida, com seu mágico poder de ferir ou enaltecer, mimar ou desprezar, enaltecer ou enxovalhar...
Algumas pessoas usam-nas com tal propriedade que com elas constroem caminhos por onde outras tantas pessoas vão se encontrar.
Ah, as palavras!
Obrigada, Luciano, e um ótimo domingo para você também.
Maravilhosas essas palavras que guarda. Comportam um ensinamento precioso: ser integro sempre corresponde a renunciar muitas vezes.Nessa renúncia reside a incapacidade de quase todos!
Um beijo
Excelente escolha, sem dúvida, acerca do percurso em busca do conhecimento!
Abraço
“Custa tanto ser um homem completo, que existem muito poucos que tenham a sabedoria e a coragem para pagar o preço...”
Acho que este trecho é a questão principal pra mim, pois poucos querem pagar coisa alguma; poucos querem abrir mão do seu conforto e das coisas fáceis; poucos estão dispostos a ceder em benefício de uma causa maior; poucos têm um pensamento voltado para o coletivo; poucos amam verdadeiramente, pois exigem a troca.
É difícil sermos um pouco mais humanos, pois não abrimos a mão por nada. Não sei quem nos disse que somos seres quase perfeitos... Acho que houve um grande equívoco...
Beijo, Luciano.
Tais luso
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