Total de visualizações de página

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Crônicas de um viajante em Córdoba/Mendoza

Buenos dias, amigos!! Finalmente cheguei em Mendoza. Após dez horas de estrada, encontro-me perto do Aconcagua, da Cordilheira dos Andes e do Chile. Saí de Córdoba às 13h30 e cheguei em Mendoza às 00h30. Pensei que o tempo de viagem era o mesmo dos outros trechos (cinco horas) e acabei saindo tarde de Córdoba. Ainda na Província de Córdoba, muita chuva e nuvens bem pesadas. Acredito que os cordobeses devem ter dançado muito o toré, porque o calor estava infernal e a chuva veio com força. Córdoba tem festival de música? Tem sim, senhor!! No domingo à tarde, rolou um festival de música na praça Sarmiento e assisti o pedacinho de uma apresentaçao de uma banda formada por jovens que tentavam animar o público anêmico e indiferente que lotava a praça. Dali, segui pelo parque, destino predileto dos cordobeses aos domingos. Toalha lançada sobre a grama, família reunida, muitas empanadas, medialunas e alfajor...Pronto! A farra do cordobense está completa. E nao se pode deixar de citar a Coca-Cola, objeto bastante cultuado nessa parte do mundo. Na segunda-feira, acordei cedo, melhor, acho que nem dormi porque o calor me cutucava a todo instante. Embora o passeio do hostel nao tenha acontecido, peguei minha câmera e fui à cidade de Alta Gracia às pressas para nao perder a hora do café da manha na casa de Che Guevara. É isso mesmo que vocês acabaram de ler! Che Guevara viveu em Alta Gracia e, na casa onde viveu, hoje funciona um museu. Mas nao é só a casa de Che que Alta Gracia, cidadezinha guardada pelas serras de Córdoba, apresenta ao turista. A cidade também abriga a Parroquia Nuestra Señora de la Merced e as Missoes Jesuíticas, ambas tombadas pela Unesco e feitas patrimônio da humanidade. Além dessas obras de grande valor histórico e do Museu Che Guevara, Alta Gracia presenteia o turista com o Museu Manuel Falla e o Museu Dubois. Como toda cidade serrana, Alta Gracia exagera nas ladeiras e, ao fim do dia, as pernas imploravam por descanso. Antes de sair de Córdoba, voltei ao centro da cidade que se encontrava bastante movimentado e tomado por brasileiros que visitavam as construçoes históricas. Saí procurando música e literatura produzidas por cordobeses. Encontrei materiais interessantes e acredito que estou levando o melhor da Argentina para casa. Aqui tenho me virado muito bem com meu portunhol e, de tanto ouvir as diferentes versoes da língua, estou perto de falar espanhol. Aproveito para fazer uma imersao na língua e leio tudo que me aparece. Nada passa despercebido. É assim que descobri que "tapa" aqui significa "camada" e, desse modo, nao pense que um tapinha argentino nao dói, pois, dependendo do material da camada, pode doer bastante. Ontem o recepcionista do hostel onde estava hospedado, explicou-me que uma comida "extraña" é uma comida muito boa e ainda bem que descobri a tempo que "gaseosa" é refrigerante, do contrário, nao teria sabido escolher entre café ou gaseosa quando me ofereceram no ônibus. Enfim, curiosidades de uma língua que tem me fascinado. Vou nessa, porque mais tarde tenho Mendoza para explorar e na quinta, Aconcagua. Vou escalar e gritar bem alto: Yo estoy bien!!!!!

Nenhum comentário: