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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Era tarde

Era tarde.
O mar agitava a areia 
e lançava seus braços raivosos
contra o calçadão da avenida.

Era tarde.
O trânsito enfurecia o transeunte
que não passava indiferente
às buzinas que ensurdeciam.

Era tarde. 
O sol declinava e,
à medida que declinava,
fazia seus raios dançarem 
e sua cor era despedida sem lágrima.

Mas era devaneio no Recife
e ninguém notava isso. 



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