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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

...e a viagem não acabou.

Ainda lembro as palavras de Mauricio Avallos: "aqui na Argentina, quando alguém quer se mostrar inteligente, culto, diz que leu Jorge Luis Borges". Expressão maior das letras argentinas, Jorge Luis Borges deixou atrás de si uma obra extensa que inclui poemas, contos e ensaios. Borges teve seu talento reconhecido por meio de prêmios que recebeu ao longo da vida por governos estrangeiros, como o Cervantes em 1979. Conhecendo a vida e o percurso literário de Borges, entende-se o fato de pessoas lançarem mão de sua obra, a fim de fazerem um marketing pessoal. Borges é, de certo modo, lendário, de maneira que acessar essa lenda e apropriar-se de suas palavras é sinal de distinção seja em que nível for. Os leitores de Borges têm que se orgulhar mesmo! Quando se pensa numa viagem, pensa-se imediatamente em descanso, passeios e na possibilidade de desligar de tudo aquilo que ocupou sua mente e seus dias até então. Além desses elementos que, em proporções diferentes, estão presentes em qualquer viagem, busquei estabelecer um vínculo com a cultura dos países por onde passei e, foi com esse projeto em mente, que vasculhei produtos culturais que fossem capazes de me fazer entrever a alma desses países e a visão de mundo dos seus habitantes. Desse modo, em Buenos Aires, trouxe dois grandes da literatura em língua espanhola: Jorge Luis Borges - que já comentei acima - e Julio Cortázar. Mas não fiquei apenas na literatura e passei a minha segunda paixão: a música. Abaixo faço uma pequena relação dos diamantes que guardei ciosamente como quem tenta guardar água no deserto sem dispor de um recipiente. Da literatura: Jorge Luis Borges. El libro de arena. 1ª ed. Buenos Aires: Debosillo, 2011. Julio Cortázar. Todos los fuegos el fuego. 1ª ed. Buenos Aires: Aguilar. Da música: Soda Stereo (Gira): Me Veras Volver. Los Fabulosos Cadillacs: Vasos Vacios Encuentros de Grandes: Rock Argentino. Southamerican big sessions. Tapeku´A: Água A caça aos produtos acima descritos permitiu que entrasse em contato com pessoas e pudesse aprender mais sobre o espanhol falado. A leitura das letras das músicas, bem como da apresentação dos autores na quarta capa dos livros, possibilitou o entendimento do funcionamento do espanhol escrito. Imergir nesse mundo feito de palavras e sons, permitiu um entendimento acerca dos sonhos que argentinos alimentam, dos arquétipos que reproduzem e das lutas nas quais cotidianamente se engajam. É isso.

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