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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Crônicas de um viajante

Sao 22h23 e em Buenos Aires é como se a noite estivesse apenas começando. O dia aqui é mais longo e, às 19h, o sol ainda brilhava e iluminava a cidade com seus raios que pareciam nao querer se despedir. Estou em Buenos Aires há pouco tempo, mas já me sinto um tanto familiar, embora o cansaço de uma viagem que durou mais de doze horas insista em negligenciar essa impressao. Saí de Recife às 5h10, fiz uma escala em Brasìlia às 8h e desembarquei em Sao Paulo às 11h30. Depois disso, fui submetido a uma espera no aeroporto de Guarulhos que se estendeu por mais de quatro horas. Foi nesse momento que percebi que minha resistência física e mental estavam sendo colocadas à prova. A fim de ludibriar a ansiedade e nao sentir o peso do tempo que se estendia indefinidamente, ouvi música, visitei lojas nas quais jamais compraria um alfinete sequer (que assalto nesses aeroportos!!!). Mas fiquei por ali, admirando o inacessível. Quando a aeronave da Aerolineas Argentinas aterrissou, um novo ar de esperança inflou-me o peito. Durante o terceiro voo do dia (nem o saco do mochileiro mais convicto suporta tanto sobe e desce), conheci um argentino radicado no Estado de Sao Paulo que me deu ótimas dicas sobre a cidade de Cordoba. Enfim, terra firme e novos desafios. Li no Guia do Viajante Independente pela América do Sul que havia um ônibus (autobus aqui) que custava $25 pesos e deixava o passageiro onde quisesse. Encontrei a empresa de ônibus, mas nao a oferta. Por falta de dinheiro trocado (os ônibus daqui, ou autobus, como queira, só aceitam moedas)e da informaçao dada no livro, tive que desembolsar $80 para pagar um táxi e chegar no Hostel Buenos Aires. É um lugar amigável, humano, jovial. Já ouvi muitos sotaques e línguas por aqui. Além disso, as pessoas parecem estar dispostas a se conhecerem e fazer novas amizades. Isso é uma tábua de salvaçao para quem está longe de casa, há milhas e milhas do seu Recife. Aproveitei para comer alguma coisa fora, porque achei caro o prato oferecido pelo Hostel. Encontrei um lugar simples, mas com boa comida a três quadras daqui. Esse pequeno percurso foi suficiente para sentir que a cidade é uma promessa. Fico por aqui. P.S.: Algumas palavras estao sem til (e meu texto todo sublinhado de vermelho), porque esse teclado castelhano só traz til sobre o Ñ (e sò!!).

2 comentários:

Gláucio Almeida disse...

Amigo, você vai amar esta cidade! Um abração!

Marina Torres disse...

Muiito lindo, Professor!
TUDO muito lindo. Mesmo!!!